Acessos
dedicados ou banda larga sem fios (Wireless)
Comunicação
wireless refere-se à comunicação sem cabos ou fios e usa ondas
eletromagnéticas como meio de propagação para estabelecer a
comunicação entre dois pontos ou dispositivos. O termo é empregado
normalmente na indústria de telecomunicações para definir sistemas
de comunicação à distância (por exemplo, transmissores e
receptores de rádio, controles remotos, redes de computadores, etc)
que utilizam alguma forma de energia eletromagnética (ondas de
rádio, luz infravermelha, laser, ondas sonoras etc) para transmitir
informação sem o uso de fios. São exemplos:
Satélite
A
conexão via satélite funciona de maneira semelhante à rádio, mas
com a diferença de poder ser acessada de qualquer lugar do planeta.
Por conta disso, é um dos métodos mais caros para acessar a
internet. Para conectar é necessário ter dois modems (um para envio
de dados e outro para recebimento) e uma antena específica para este
tipo de sinal.
Como
a distância entre o satélite e o receptor é enorme (estamos
falando de equipamentos que estão em órbita), o tempo de resposta e
envio de dados é muito alto e sujeito a múltiplas interferências,
como chuva por exemplo. Para contornar isso, a troca de informações
é feita em grandes “pacotes”, mas com um grande intervalo entre
um e outro. A velocidade média fica entre 200 e 600 kbps para uso
residencial.
Rádio (Wi-fi)
A
conexão via rádio é um dos tipos de conexão wireless (sem cabos)
cujo nome técnico do padrão usado nestas redes para constituir
internet ou intranet é 802.11 (IEEE), podendo ser empregada para
interligar computadores entre si (Ad-Hoc = um computador ligado
direto a outro) ou computadores interligados em rede, formando assim
uma WLAN, mas para isso será preciso usar um concentrador, que pode
ser uma antena ou roteador sem fio, genericamente denominado de
Access point, permitindo a conexão num raio entre 100 e 500 metros.
O local onde a rede sem fios está disponível é chamado de HotSpot,
como por exemplo: saguão do aeroporto, rede da sua casa, hotel.
Os
principais padrões na família IEEE 802.11 são:
IEEE
802.11a: frequência
5 GHz com capacidade de 54 Mbps.
IEEE
802.11b: frequência
2,4 GHz com capacidade de 11 Mbps.
IEEE
802.11g: frequência
2,4 GHz com capacidade de 54 Mbps.
IEEE
802.11n: frequência
2,4 GHz e/ou 5 GHz com capacidade de 65 a 600 Mbps.
Exemplos
no dia a dia
Esta
mesma tecnologia é geralmente usada nos condomínios nos moldes de
internet predial, no topo do prédio fica uma antena receptora e os
clientes são atendidos por uma rede interna cabeada (Algumas
empresas colocam uma antena individual em cada apartamento!).
Mais
recentemente, as pessoas podem facilmente criar seus próprios
hotspots Wi-Fi que se conectam à Internet através de redes
celulares. Sistemas operacionais para smartphones, tais como:
Android, iOS (iPhone), e dispositivos Symbian (Nokia) podem criar
conexões wi-fi entre dispositivos, servindo assim de Access point.
Segurança
É
importante destacar que quando montamos uma rede wi-fi em casa
utilizando Wi-Fi, devemos habilitar a criptografia para proteger
nossos dados de possíveis curiosos. Devido ao seu raio de alcance é
necessário impor um certo controle em quem pode ou não acessar a
rede, uma vez que, sem segurança, qualquer dispositivo pode se
conectar a internet desde que esteja ao alcance do sinal, e é por
essa razão que há diferentes mecanismos de segurança os principais
são:
WEP
Também
conhecido como Wired Equivalent Privacy, existe desde o padrão
802.11 original, consistindo em um mecanismo de autenticação que
basicamente funciona de forma fechada através do uso de chaves
(senhas) fixas, sendo assim, ao ser definida uma chave, o dispositivo
terá que fornecer a mesma. Não se indica mais a utilização do WEP
devido as suas potenciais falhas de segurança, permitindo ao um
invasor habilidoso capturar a senha em 5 minutos.
WPA
Frente
o problema com segurança no WEP, a Wi-Fi Alliance criou o formato
Wired Protected Access (WPA), que é mais seguro que o WEP por se
basear em um protocolo chamado Temporal Key Integrity Protocol
(TKIP), que ficou conhecido como WEP2, sendo assim, ao contrário do
WEP, nesse sistema a chave é trocada periodicamente, sendo a
sequência definida na configuração da rede, por essa razão,
recomenda-se a utilização do WPA ao invés do WEP.
WPA2
(AES)
O
WPA2 é uma variação do WPA que se baseia no protocolo Advanced
Encryption Standard (AES), sendo conhecida também como 802.11i, que
é um conjunto de especificações de segurança. Esse mecanismo
oferece um alto grau de segurança, entretanto, tem como deficiência
a alta exigência de processamento, o que pode prejudicar o
desempenho do equipamento em que opera, por essa razão, não é
recomendável para usuários domésticos, além de não ser
compatível com equipamentos antigos..
Outros
tipos de conexão wireless (sem fios)
Infra
Vermelho (IRDA)
Tecnologia
que permite a conexão de dispositivos sem fio ao microcomputador (ou
equipamento com tecnologia apropriada), tais como impressoras,
telefones celulares, notebooks e PDAs.
O
exemplo mais comum que temos em casa é o controle remoto da TV.
Para
computadores que não possuem infravermelho (IRDA) é necessário um
adaptador ligado a porta USB do computador, desta maneira este
computador poderá trocar arquivos com qualquer outro equipamento que
possua infravermelho (IRDA). Geralmente o seu alcance está limitado
entre 1 a 5 metros de distância e é muito sensível a variações
de movimento, por isso foi substituído pelo Bluetooth.
Bluetooth
(802.15)
É
uma tecnologia de baixo custo para a comunicação sem fio (WPAN –
comunicação entre pequenos dispositivos de uso pessoal, como PDAs,
telefones celulares, computadores portáteis) a curtas distâncias
(entre 1 a 100 metros). No Brasil, ficaram famosos os fones sem fio
usados nos telefones celulares. Além de celulares, diversos outros
equipamentos já são equipados com esta tecnologia. Controles de
videogame, como o PS3 e Wii não necessitam mais de fios para fazerem
uso desta conexão. Computadores já fazem integração com Bluetooth
e possuem até mesmo aplicativos que trabalham com a tecnologia.
Como
funciona o Bluetooth?
Este
sistema utiliza uma frequência de rádio de onda curta, possui baixo
alcance e consome pouca energia. Quando estão dentro do raio de
alcance, os dispositivos podem ser encontrados independentemente de
sua localização, permitindo até que estejam em ambientes
diferentes, dependendo da sua potência para que isso ocorra.
Existem
três classes diferentes de Bluetooth, cada uma com potência e
alcance diferentes:
-
Classe 1: alcance de 100 metros / potência máxima de 100 mW
(miliwatt);
-
Classe 2: alcance de 10 metros / potência máxima de 2,5 mW;
-
Classe 3: alcance de 1 metro / potência máxima de 1 mW.
Programas
que suportam o uso desta tecnologia
Existem
diversos programas que se utilizam desta tecnologia e que podem
facilitar o uso ou dar mais funcionalidade à maneira como você
utiliza alguns dispositivos. Podem ser citados o Bluetooth PC Dialer,
que faz ligações do seu celular a partir do PC; o MobTime Cell
Phone Manager 2007, que permite a você gerenciar seu celular a
partir do computador; e o BlueAuditor, que possibilita o
gerenciamento de redes sem fio através do Bluetooth.
WiMax
(Worldwide Interoperability for Microwave Access)
Padrão
802.16 do IEEE que permite a comunicação entre computadores em
redes metropolitanas (WMAN), o raio de alcance do equipamento pode
cobrir uma área de cerca de 6 a 9 km (podendo chegar a 40 KM). O
WiMax tem o propósito de atender a usuários domésticos e
empresariais por meio de hotspots para acesso à internet banda larga
onde o acesso via cabo se torna inviável.
Ao
contrário das redes Wi-Fi, o Wimax opera em uma faixa licenciada do
espectro de frequência (2,5GHz, 3,5GHz, 10,5GHz), portanto será
necessário que empresas adquiram a concessão das faixas junto a
ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) para assim oferecer
tal serviço.
Em
parceria com universidades, instituições e governos, a Intel
liderou testes de WiMAX no Brasil, desde 2004, nas cidades de
Brasília (DF), Ouro Preto (MG), Mangaratiba (RJ), Parintins(AM) e,
mais recentemente, Belo Horizonte (MG).
Celular
É
possível acessar a Internet via rede celular. Antigamente era uma
conexão muito lenta e cara. Atualmente, tem crescido bastante e
ofertado boas velocidades de conexão, especialmente após a chegada
da tecnologia chamada rede 3G (GSM).
WAP
A
primeira grande tentativa de integrar os aparelhos celulares à
internet. A conexão WAP era uma espécie de adaptação da web, já
que só podia acessar páginas feitas especialmente para este tipo de
conexão.
Como
o número de páginas WAP era incrivelmente menor do que as
encontradas na internet tradicional e a velocidade muito baixa, este
tipo de conexão não agradou tanto aos usuários.
Sem
contar que com o crescimento do número de celulares pré-pagos,
poucos ousavam gastar seus créditos na tentativa de visualizar uma
página que deixava a desejar..
As
gerações
A
tecnologia 3G é um termo muito comum nos dias de hoje no que diz
respeito a celulares e internet móvel. Mas o que exatamente é essa
tecnologia? Na realidade, 3G é apenas um uma sigla que representa a
terceira geração (daí o nome 3G) de padrões e tecnologias da
telefonia móvel, substituindo o 2G..
A
tecnologia 3G aprimora a transmissão de dados e voz, oferecendo
velocidades maiores de conexão, além de outros recursos, como
videochamadas, transmissão de sinal de televisão, entre outros
serviços. Mas para realmente entendermos direito como o 3G funciona,
precisamos contar um pouco da história do celular. Vamos lá?
Quando
você pensa em rádio, talvez a única coisa que venha a sua cabeça
é música. Mas isso é apenas uma parte do que pode ser transmitido
por suas ondas. A tecnologia de rádio também transmite voz e dados,
o que permite que você acesse a internet e fale com qualquer pessoa
em qualquer lugar do mundo – desde que esse lugar esteja coberto
pelas antenas da sua operadora (ou que tenha um acordo de roaming,
mas isso é outra história).
A
tecnologia de rádio para celulares surgiu nos Estados Unidos durante
os anos 80, com o lançamento da rede de celular AMPS (do inglês:
Advanced Mobile Phone Service). Ela usava o FDMA (Frequency Division
Multiplexing Access) para transmitir voz através do sinal analógico.
É considerada a primeira geração móvel (1G).
A
segunda geração (2G) surgiu na década de 90, quando as operadoras
móveis implantaram padrões de sinal digital para voz: o CDMA (Code
Division Multiple Access). Foi nessa época que surgiu o celular no
Brasil, apesar de que ele só ficaria popular a partir do ano 2000.
Por
isso, o 2G é muito conhecido em terras tupiniquins. Por aqui, a
única grande operadora a adotar o CDMA foi a Vivo, enquanto Oi, Tim,
Claro e Brasil Telecom (comprada pela Oi) adotaram a GSM. Ambas as
tecnologias transmitem voz e dados. Anos depois, a Vivo abandonou o
CDMA frente a popularização do GSM no Brasil e hoje não utiliza
mais a tecnologia. No mundo todo, apenas os Estados Unidos e alguns
países da Ásia utilizam o CDMA.
Enfim,
chegamos ao 3G!
A
terceira geração da tecnologia móvel é a que estamos vivenciando
hoje. Em 1999, a União Internacional de Comunicações (UIT) criou o
IMT-2000, um padrão global para o 3G com o objetivo de facilitar o
crescimento, aumento da banda e suporte a aplicações diversas. Para
conseguir evoluir para a nova tecnologia, as operadoras precisaram
realizar grandes upgrades em suas redes existentes, o que levou ao
estabelecimento de duas famílias distintas da tecnologia 3G: a 3GPP
e a 3GPP 2.
3GPP (3rd Generation Partneship Project) é uma colaboração entre
grupos e associações de telecomunicações, formada em 1998 para
fomentar a implantação de redes 3G que descendem do GSM. Essa
tecnologia evoluiu da seguinte forma em suas redes de dados:
GPRS
– oferecia velocidades de até 144 Kbps. A implantação da
tecnologia GPRS começou no ano 2000, seguido pela EDGE em 2003.
Embora essas duas tecnologias sejam definidas como 3G pelo padrão
IMT-2000, às vezes são chamados de “2,5G” porque não trocam
uma grande quantidade de dados.
EDGE
– atingia até 384 Kbps. A tecnologia EDGE ainda está sendo
substituída pela tecnologia HSPDA em nosso país. Quem usa internet
móvel 3G no Brasil já deve ter reparado que o indicador da conexão
oscila entre duas letras: H e E, ou seja, HSPDA (em locais com
cobertura 3G) e EDGE (onde permanece a tecnologia 2G).
UMTS
Wideband CDMA (WCDMA) – com velocidades de até 1,92 Mbps.
HSPDA
– catapultou a velocidade máxima em até 14 Mbps.
LTE
– pode chegar até 100 Mbps (considerada de quarta geração). A
tecnologia LTE é o próximo passo na evolução da rede móvel
baseada na tecnologia GSM. Uma das várias padronizações da
tecnologia 3GPP é o formato multimídia. É por isso que muitos
vídeos gravados por celulares são salvos no formato 3GPP (ou apenas
3GP).
3GGP2 - A
segunda organização foi formada para ajudar as operadoras
norte-americanas e asiáticas que usam o CDMA a evoluírem para o 3G.
A evolução da tecnologia aconteceu da seguinte forma:
1xRTT
– com velocidade de até 144 Kbps;
EV-DO
– aumentou a velocidade para 2,4 Mbps;
EV-DO
Rev. A – com velocidade de até 3,1 Mbps;
EV-DO
Rev. B – atingia velocidades de até 4,9 Mbps;
UMB
– programada para chegar a 288 Mbps (considerada de quarta
geração).
E
o 4G?
Na
verdade, LTE e UMB são frequentemente chamadas de tecnologias 4G
(quarta geração), pois aumentam consideravelmente a velocidade de
download. Mas essa rotulação é um pouco prematura, pois a quarta
geração ainda não foi regularizada pela UIC. A União
Internacional de Comunicações está atualmente analisando as
tecnologias candidatas a ganhar o status de 4G, incluindo a LTE, UMB
e WiMAX.
As
metas para a tecnologia 4G serão, entre outras, taxas de dados de
pelo menos 100 Mbps, streaming de multimídia e muito mais. A rede
LTE deve estar funcionando no Brasil até abril de 2013, segundo uma
licitação da Anatel lançada em abril de 2012.
*
Roberto Andrade é professor de Informática do AGORA
EAD e
nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
Bahia. Palestrante e consultor com atuação nas áreas de Mídias
Digitais, Desenvolvimento Web, Software Livre e Segurança da
Informação.
Publicado
na Folha Dirigida
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