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Levante a mão quem lê o edital
de um concurso, da primeira à última página, sem pular um tópico.
Coordenadores de concursos e professores de cursinhos preparatórios têm
a mesma opinião: a maioria dos candidatos não lê o documento como se
deve. E, por isso, muitos são eliminados das seleções antes mesmo de
fazerem a prova. Ao se inscrever num processo seletivo, todos os
detalhes e exigências devem ser lidos com a máxima atenção.
Lembre-se de que o edital é como um contrato: ao realizar a inscrição,
o candidato está sujeito às normas nele contidas. Antes mesmo de pagar
a taxa, o participante deve analisar se preenche todos os requisitos
listados.
— O candidato
não deve lutar contra o edital, mas, sim, conhecê-lo profundamente. E é
equivocado achar que depois vai resolver o problema na Justiça. A
orientação para quem vai prestar concurso é: conheça o edital — orienta o
professor Sylvio Motta, diretor do curso Companhia dos Módulos.
Segundo o professor, o concorrente deve observar o nível de escolaridade, se o edital aceita curso politécnico e se pede carteira de motorista.
— Há casos de candidatos que fizeram o concurso e passaram, mas, na hora de apresentar documentos para posse, foram excluídos — alerta.
Após a inscrição, é hora de reler outros pontos do edital: os que
dizem respeito à realização dos exames. Um importante cuidado é a
conferência do local de prova. O concurso da Caixa Econômica Federal,
no último domingo, foi suspenso porque muitos candidatos foram ao local
errado. Segundo o Cespe/UnB, eles não se atentaram para onde deveriam
ir. Para não correr riscos, a orientação é imprimir o cartão de
confirmação. E, se tiver dúvidas, procurar a organizadora.
Num concurso recente, um grupo foi excluído porque usava lápis
durante a prova. Mas o edital era claro: quem portasse o material seria
eliminado. Certos candidatos ainda insistem em levar celulares para a
prova, mas qualquer toque, mesmo que seja um alarme, pode acabar com o
sonho.
— Atender o celular, de jeito nenhum! E se isso for visto pelo
fiscal, o candidato é eliminado da prova na hora — alerta Jorge
Barreto, presidente da Fundação Ceperj.
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