Um aviso na tela do computador chama a atenção e, por um
instante, livros, apostilas e exercícios se tornam preocupações secundárias na
mente do concurseiro. Não é uma distração qualquer, como informativos de redes
sociais ou de e-mail, mas sim algo tão esperado quanto o dia de prova: a
publicação do edital. Com a previsão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) da criação de
28.957 vagas em 2015, especialistas aconselham
que a preparação para quem sonha em se tornar servidor comece antes dessa
divulgação.
Foco e paciência são características primordiais na etapa
anterior ao lançamento oficial de um concurso. Com um olho nas oportunidades e
outro nas disciplinas, a primeira preocupação de quem pretende seguir esse
caminho é escolher a área pública mais adequada para o seu perfil. Segundo o
autor do livro Eu vou passar em concurso Sylvio Motta, após determinar qual o setor
de interesse, o próximo passo é analisar os concursos que compõem a área em
questão, reconhecer as disciplinas que costumam ser cobradas nas avaliações e
reservar tempo para as aulas e o estudo individual dos temas básicos. “Após
identificar os assuntos recorrentes, a pessoa tem de se organizar para montar
um quadro de horários no qual, de um lado, estão aquelas matérias que sofrem
poucas alterações com o passar dos anos e, do outro, as com maior índice de
incidência nas provas”, explica.
Quando o edital se torna público, outras atitudes são
necessárias para o bom rendimento do aprendizado: a dica é aumentar a carga
horária para se dedicar aos temas ainda não contemplados, além de reservar
espaço na agenda para a resolução de exercícios, leitura de jornais e de
livros. “É preciso começar um quadro mais intenso de estudos, com preferência
para as matérias específicas”, aconselha Motta.
O especialista destaca que um método de otimizar o tempo é
agrupar temas por áreas de conhecimento, como duas matérias de exatas e duas da
área jurídica, para trabalhar conceitos em conjunto. “A ideia é começar com
seções de estudo mais curtas e, gradativamente, aumentar o tempo de acordo com
a demanda”, detalha.
Além disso, é importante estar preparado e consciente de que
pode haver alterações no documento. O coach do IMP Concursos Alessandro Marques
esclarece que mudanças fazem parte do processo e que é preciso ser paciente e
aprender a lidar com essas situações. “Caso o edital apareça com algum
imprevisto, o prazo entre a divulgação e a prova em si deve ser usado para
estudar novas disciplinas”, diz.
De tudo um pouco
Especialistas consideram que o prazo médio para a aprovação
é de cerca de um ano e meio, o que não significa que o candidato precisa dar
fim à vida social. “É preciso traçar metas e prazos a serem cumpridos. Às
vezes, não é possível se dedicar a todas as matérias, então, é o caso de
selecionar os temas mais importantes ou aqueles em que se tem mais
dificuldades. Aí entra a questão de planejamento para a vida como um todo”,
aconselha o coach Alessandro Marques.
Na hora de avaliar os resultados de toda essa dedicação, o
autor do livro Como passei em 15 concursos públicos (Editora Método;
128 páginas; R$ 39), José
Roberto Lima, sugere que o concursando tenha paciência para perceber as
melhorias. “O tempo de estudo pode ser curto, mas deve ser de qualidade. Assim
como em um exercício físico, não é possível visualizar logo os resultados. Seis
meses é o mínimo para se observar avanços no preparo”, compara.
Aprendizado
Rebeca Teles da Costa, 23 anos, percebeu melhorias ao adotar
métodos de estudo antes e depois da divulgação dos editais. Ela começou a se
dedicar aos concursos públicos em 2008, e, atualmente, tem como foco passar no Banco Central (Bacen). A candidata explica que
utilizou a última seleção do órgão como base para os estudos, priorizando
inicialmente as matérias básicas. Há cerca de dois meses, quando o edital de
2013 se tornou público, passou a focar os assuntos específicos. “Montei um
cronograma até o dia da prova em que estudo, em média, quatro matérias
intercaladas por dia. Gosto de alternar entre assuntos diferentes, pois assim
não me canso”, explica Rebeca. “Hoje em dia, posso dizer que evoluí muito em
comparação com as minhas primeiras provas”, completa.
Além de fazer parte do grupo de pessoas que se organizam por
etapas, Rebeca se encaixa em outra categoria comum entre concurseiros: aquela
que sofre com períodos de frustração e falta de ânimo para continuar. “Já
pensei em desistir devido à exaustão. Muitas vezes, você não fica classificada
entre o número de vagas e isso desmotiva a continuar com o esforço”, conta.
Para lidar com esses sentimentos, o coach Alessandro Marques é enfático: “As
pessoas precisam entender que não existe fracasso, mas, sim, resultados. O
candidato tem o costume de transformar o sentimento em um trauma, e isso não
pode acontecer”.
Fonte: Correio Braziliense
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