Preparação pode levar candidato
a dormir menos, excluir TV,
trocar "som" por livros,
sumir das baladas,
ficar sem sair com amigos,
estudar nas horas vagas
e fazer exercícios nas folgas.
Eliseu da Silva, de 43 anos, é agente de telecomunicação da
Polícia Civil de São Paulo desde agosto. Ele concorreu com cerca
de 34 mil candidatos só na capital paulista e conseguiu uma das
133 vagas oferecidas.
Mas, para conseguir o cargo que sempre quis, Silva estudou
durante o período em que era porteiro.
Ele trabalhava 12 horas por dia, no turno das 19h às 7h. Além de
levar as apostilas de estudo para o emprego, onde aproveitava os
períodos de tranquilidade para fazer exercícios, Silva também
estudava em casa nas horas de folga. "Eu dormia quatro
horas por dia, no máximo", lembra.
Ele conta que fez um curso preparatório entre
março e julho de 2004. Depois continuou estudando sozinho. Entre
2005 e 2006, prestou oito concursos, todos de nível médio, e
passou em quatro. Mas Silva preferiu o cargo da Polícia Civil -
o último que prestou - por causa do salário.
"A cada concurso que eu prestava, eu adquiria
mais experiência e tinha mais calma nas provas", conta.
Silva diz que comprou vários livros com questões comentadas.
"Eu sabia onde encontrar os mais baratos".
Além disso, Silva fez um plano de estudo. Um dia ele estudava as
matérias que iriam cair no concurso, no outro fazia provas
anteriores. Ele estudava uma média de seis horas no trabalho e
de quatro em casa.
Nos dias de folga, reservava um período do dia para estudar. A
mulher teve papel fundamental na preparação. "Ela fazia
perguntas, tomava questões, e chegou num ponto em que eu
acertava 90% delas."
Silva diz que deixou de fazer o que mais gostava
por quase um ano para se preparar - ver filmes e partidas de
futebol na TV. "Pelo menos, não tive que ver o desastre da
Copa (de 2014)", brinca.
Mas, para ele, valeu o sacrifício. E aconselha quem quer passar
em concurso: "Em vez de comprar CD, compre um livro. A
música passa, o livro sempre será útil".
Rotina árdua
A assistente administrativa Maria Madalena Gomes dos Santos
Ribeiro, de 44 anos, quer ter a mesma sorte de Silva. Para isso,
ela tem uma rotina corrida. Ela vai começar a prestar o concursos.
Madalena, que mora em Pirituba, na Zona Norte,
acorda às 6h, começa a trabalhar às 8h em Perdizes, na Zona
Oeste, sai às 18h do escritório e vai para o curso preparatório
no Centro da capital, onde tem aula das 19h às 22h. Ela só chega
em casa por volta de 23h.
Mas a que horas ela estuda? "Eu presto bastante atenção nas
aulas porque para mim é uma forma de estudar", diz. Ela
começou o cursinho em agosto. Madalena diz que aproveita a hora
do almoço - ela tem 1h30 de intervalo - para estudar por 40
minutos.
No fim de semana ela mergulha nas apostilas. Ela só pára pra
fazer a unha e arrumar o cabelo no sábado e andar de bicicleta
pelo bairro no domingo. Madalena estuda sempre com um amigo que
faz cursinho com ela. Os dois concorrerão ao mesmo cargo.
"Um dá incentivo pro outro".
A única pausa em cerca de seis horas de estudo é de 30 minutos no
máximo, tanto no sábado quanto no domingo. O cursinho vai até
novembro, e Madalena pretende também prestar o concurso do INSS,
que aguarda autorização do Ministério do Planejamento para abrir
pelo menos duas mil vagas até o final do ano.
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