Definir a ordem de matérias
a serem respondidas
ajuda a
ganhar tempo.
Questões do Cespe/UnB costumam ser do tipo 'certo' ou
'errado'.
A coluna de hoje é dedicada aos candidatos que vão fazer prova para a Caixa Econômica Federal no próximo dia
30. E também a todos os outros candidatos de todos os outros concursos que têm,
no dia da prova, a única chance de conquistar a sua vaga.
Claro que todos desejam a aprovação como resultado – afinal,
prova é prova e é ali que tudo se decide -, mas o mais importante nesse dia é o
candidato sair com a certeza de que conseguiu fazer o melhor, considerando o
conhecimento que possui. Nesse caso, mesmo que a pontuação seja insuficiente, a
sensação não é tão ruim. Talvez seja preciso mais tempo de estudo, ou mais foco
na preparação, mas isso pode ser resolvido e não fica um gosto amargo de
fracasso.
Alguns cuidados simples podem ajudar o candidato a ter o
melhor desempenho ou, pelo menos, a não ser prejudicado por bobagens no dia da
prova. Veja as dicas abaixo.
Estratégia
Em concurso público, nem sempre vence quem sabe mais. A
prova é igual para todos e o tempo para fazê-la, também. Mas se o candidato se
deixar conduzir pelas questões, em vez de assumir o controle, pode pôr tudo a
perder.
Por isso, na semana anterior à prova, o candidato deve
definir a ordem de matérias (ou grupo de matérias) a serem resolvidas, e o
tempo máximo que poderá levar em cada uma. Isso evita atitudes desastrosas tais
como fazer uma pontuação excelente numa disciplina, mas ser eliminado por não obter
o mínimo em outra, ou ficar horas preso a algumas questões difíceis e depois
descobrir que não há mais tempo para questões que o candidato saberia resolver.
Começar pela disciplina em que o candidato tem mais
conhecimento pode aumentar a autoconfiança para o resto da prova. Além disso,
os momentos iniciais são os mais tensos, porque acontece um pico de adrenalina
que se dissipa em alguns minutos. Assim, se a pessoa começar a prova por uma
matéria muito difícil, pode ter a falsa sensação de que não vai conseguir um
bom resultado, e o ânimo abatido pode comprometer o desempenho.
Se em algum momento o candidato perceber que está muito
nervoso, algumas respirações lentas e profundas (lembrando de exalar também)
ajudam a recuperar o equilíbrio. Se preciso, ir ao banheiro e lavar o rosto
também ajuda a afastar o estresse. O candidato pode aproveitar esse momento
“fora de cena” para respirar serenamente e buscar pensamentos construtivos,
mesmo que soem falsos naquele momento.
Uma boa estratégia é dividir a prova em dois ou três
momentos. No primeiro, o candidato deve ler atentamente cada questão (na ordem
preestabelecida) e resolvê-la, se possível. Se houver dúvidas, é importante
anotar ao lado do enunciado informações que possam ser úteis para quando
retornar àquela questão, e já eliminar alternativas absurdas, para ganhar
tempo.
Depois de responder todas as questões que sabe de imediato,
o candidato deve retornar à primeira matéria escolhida, para o segundo exame
das questões não resolvidas. Muitas vezes algumas coisas se tornam claras nesse
momento e o candidato pode garantir mais alguns pontos. Perguntas muito
trabalhosas também devem ser deixadas para essa hora.
O terceiro momento deve ser dedicado a “cavar” algum ponto
extra e a tomar as últimas decisões, porque o que o candidato sabia já estará
feito.
Vale lembrar que o tempo destinado a cada disciplina será o
somatório dos três momentos anteriores e que alguns minutos do tempo total
devem ser “guardados” para o que for mais necessário no final.
No caso de haver prova discursiva, ela pode ser feita logo
depois da primeira rodada, para que o candidato tenha tempo suficiente para
fazer o rascunho e passar a limpo. Mas, se começar a gastar muito tempo sem
conseguir desenvolver essa etapa, pode ir para a segunda rodada nas questões e
depois voltar para a redação. O importante é não deixar o tempo passar sem
estar produzindo e garantindo pontos.
Recomendo que o candidato não fique revisando o que já fez
com segurança porque, além de perder o tempo que estava tentando aproveitar,
corre o risco de apagar uma marcação correta e trocar por uma errada, por causa
de cansaço e confusão – acontece muitas vezes com os candidatos.
Cerca de 30 minutos devem ser reservados para a marcação do
cartão-resposta, que deve ser feito com calma e atenção, uma questão por vez.
Caixa
No caso do concurso para a Caixa - e em outros organizados
pelo Cespe/UnB, as questões não têm alternativas, mas itens para julgamento de
certo e errado. Neste caso, se não for possível decidir no primeiro momento, as
informações que o candidato lembre a respeito da afirmação devem ser anotadas
ao lado da questão, para facilitar a decisão posterior.
Se você ainda não conhece esse estilo de prova Cespe, vá à
página da instituição e baixe provas anteriores para não ser surpreendido na
hora do seu concurso. Observe que em algumas situações a banca faz prova de
múltipla escolha, mas não é esse o caso da prova para a Caixa.
As disciplinas também não devem vir isoladas, mas em grupos. Conhecimentos
básicos: português (14 itens com peso 2), matemática, raciocínio lógico,
atualidades, ética e legislação (juntas, 36 itens com peso 1) e conhecimentos
específicos (atendimento e conhecimentos bancários juntas, com 70 itens e peso
2). Dessa forma, são três grupos de disciplinas, sendo que a parte de
conhecimentos específicos vai fazer muita diferença na classificação do
candidato, já que vale 140 pontos no total. Cuidado também com português,
porque apesar de serem apenas 14 itens, tem peso 2.
É preciso reservar tempo para a redação (pelo menos uma
hora).
É importante lembrar que nesse concurso cada marcação
incorreta conta um ponto negativo (ou dois, nos itens com peso 2). Assim, é preciso muita cautela na hora de
chutar alguma resposta, para não reduzir muito a pontuação das questões
corretas. Por outro lado, deixar muitas questões em branco pode fazer com que o
candidato faça poucos pontos no total. Nesse tipo de prova, mais do que em
qualquer outra, as decisões precisam considerar uma boa estratégia.
Além do conteúdo
Outros aspectos devem ser observados além da prova em si,
como se preparar para o ambiente do local do concurso, prevenir-se contra
atrasos, sede, fome, etc.
O candidato deve verificar antecipadamente no edital os
documentos que deve levar e o material permitido para a prova. Por mais certeza
que se tenha, nunca é demais confirmar o local e o horário, lembrando de checar
as orientações em caso de horário de verão.
Um kit de emergência pode ser muito útil: analgésico, água e
algo para comer (barra de cereais, fruta, biscoito, entre outros).
As roupas para o dia da prova devem ser confortáveis e
versáteis em relação à temperatura. Nada de roupas apertadas ou que impeçam o
livre movimento.
Além disso, não é possível garantir a temperatura na sala de
aula e, se algumas ficam muito geladas, outras não dispõem de ar-condicionado e
o calor pode ser um fator de desgaste. Portanto, melhor estar preparado para
qualquer situação.
Chegar cedo ao local é garantia de não perder a prova por
atraso, mas também é a possibilidade de entrar logo na sala e escolher um bom
lugar para se sentar – se não forem previamente marcados.
É interessante observar se no local bate sol, se há ventilador,
e evitar as carteiras próximas à porta, onde o ruído de candidatos saindo para
ir ao banheiro e quando terminam a prova pode prejudicar a concentração.
Beber água durante a prova e comer algo garante que o corpo
não desvie a atenção do cérebro para outras necessidades, além de mantê-lo em
boas condições de trabalho até o fim.
Desejo a todos uma excelente prova!
Fonte: http://g1.globo.com
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