Quando a gente começa a se preparar para concursos
públicos quer logo adiantar o estudo e acha uma perda de tempo
preparar material para revisões. De fato, isso toma bastante tempo,
mas é absolutamente necessário. Ter um material de apoio enxuto
ajuda a rever o conteúdo nas poucas semanas disponíveis entre a
publicação do edital e a prova.
O problema é saber o que é importante antes de concluir os
estudos. Se as disciplinas não fossem tão longas, o ideal seria
preparar esse material quando chegar ao fim do estudo da teoria de
cada uma delas e voltar ao início para aprofundá-la.
Como nem sempre é possível fazer isso, uma solução
intermediária é apenas sublinhar (de preferência a lápis) as
partes mais importantes de cursos em PDF ou livros, fazendo anotações
de palavras-chave na lateral da parte sublinhada, para facilitar a
busca, se for o caso.
As aulas em vídeo e as presenciais terão de ser transformadas em
anotações, que poderão ser sublinhadas em estudo posterior. Desta
forma, as informações podem ser encontradas mais rapidamente. E é
possível fazer uma revisão global dos conteúdos sem precisar ver
todo o material de novo.
Se o edital não sair (ou o candidato não for aprovado
naquele concurso), mais tarde, com o “vai e volta” de revisões e
exercícios, o candidato vai ganhando discernimento do que é mais
importante e de como as informações se relacionam.
Fichas-resumo
Uma opção mais eficiente do
que os tradicionais resumos dos tempos de escola são as
fichas-resumo. São fichas mesmo ou folhas soltas, que devem ser
numeradas, e em cada uma deve ser colocado o nome da matéria e o
título do assunto – somente um por ficha, para facilitar a
organização.
A ideia é fazer como se fosse uma propaganda: colocar poucas
informações (as mais relevantes para lembrar o conteúdo) e de
forma visual, ou seja, organizá-las no papel de forma lógica. A
fonte teórica pode ser anotada no canto da ficha, a lápis, para que
o candidato possa voltar a ela caso sinta dificuldade no momento da
revisão.
Exceções, questões mais difíceis ou específicas também devem
ser anotadas nas fichas. Afinal, no futuro, será somente esse o
material usado pelo candidato.
A ficha deve conter algum espaço para inclusões posteriores.
Devem-se usar cores, mas não muitas (como caneta azul, caneta
vermelha e lápis). É interessante usar sempre os mesmos códigos
(vermelho para alertas, proibições, exceções). E é preciso
cuidado para não poluir o papel, porque tudo o que estiver ali será
entendido pelo cérebro como informação relevante.
Organização diferentes por assunto
A
confecção das fichas-resumo não obedece a regras rígidas. Cada
tipo de disciplina e de conteúdo se adéqua melhor a uma forma de
registro no papel. Veja abaixo algumas sugestões de como preparar o
seu material:
- Português: a gramática apresenta muitas regras e, quase
sempre, exceções. Em alguns casos é válido criar quadros (regras
de acentuação, por exemplo).
- Direito: envolve teoria e legislação. Funciona bem anotar as
definições teóricas, de forma sucinta, e anotar sempre a base
legal, para que possa ser consultada (exemplo: princípio da
legalidade - CF, art. 5, II).
Em alguns casos, quadros também
são úteis, como na definição de alíquotas, e sempre que houver
necessidade de comparar situações (por exemplo, remédios
constitucionais: habeas corpus, habeas data, mandado de segurança e
suas características)
- Matemática, estatística, raciocínio lógico: matérias de
exatas apresentam muitas fórmulas, que precisam ser memorizadas.
Anotar a fórmula é importante, complementando com informações que
a expliquem e detalhes de como deverão ser utilizadas (por exemplo,
as unidades de tempo deverão ser iguais em fórmulas de matemática
financeira).
Atualização permanente
Depois de estudada
a teoria, é natural que o candidato aprofunde o conhecimento fazendo
questões de concursos anteriores e simulados. Assim, ele pode
encontrar tópicos que precisam ser reforçados ou que não foram
mesmo estudados anteriormente.
Nesse momento, é preciso buscar o material de apoio (livro ou
curso em PDF) para estudar o assunto e incluí-lo no material de
revisão.
Vantagens
No início pode ser um pouco
difícil saber o que colocar nas fichas e como ordenar as
informações. Com o passar do tempo, o candidato vai ganhando
experiência e percebe como o recurso torna-se útil. O fato de
elaborar as fichas já é de grande utilidade para a fixação e
organização do conhecimento.
Mais rápidas de fazer do que um resumo, as fichas permitem
organizar e hierarquizar as informações. Elas são mais efetivas
porque o cérebro não vê um “bloco de palavras”, mas
informações ordenadas e com realce, que ajudam a buscar o
conhecimento que está na memória. Com isso, o trabalho de revisão
torna-se mais dinâmico e interessante, favorecendo uma melhor
concentração;
O uso de folhas soltas permite a substituição de alguma ficha
sem comprometer todo o material – quando ficarem muito poluídas ou
quando for preciso incluir muitas informações novas (o candidato
pode substituir uma ficha por duas, mantendo o mesmo número e
acrescentando uma letra para não precisar renumerar tudo, como 3A e
3B).
Todo o conteúdo da matéria ficará agrupado num só lugar, e
tudo o que for visto depois também. O conjunto de fichas de cada
disciplina é pequeno e pode ser facilmente transportado e consultado
sempre que surgir um tempo livre inesperado.
Fonte: Portal G1
Fonte: Portal G1
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