São muitos os detalhes que podem fazer a diferença no processo
de preparação dos concurseiros. Para alcançar o objetivo da
aprovação é preciso estudar horas, se dedicar de verdade. Por
isso, eles ficam atentos a tudo, pesquisam provas anteriores, leem os
editais minuciosamente, buscam informações sobre as bancas. E este
último tópico destaca-se como um dos mais importantes.
Conhecer o
estilo de cada organizadora, isto é, a maneira como aborda e cobra o
conteúdo, bem como seus critérios de correção, pode determinar o
sucesso ou o fracasso dos concorrentes. Para auxiliar a vida dos
candidatos e ajudá-los a direcionar o foco dos estudos, trouxemos uma pesquisa sobre as principais
bancas de concursos do país, elaborada pelo diretor do Gran Cursos, Wilson Granjeiro.
Para o professor, o principal desafio a ser vencido pelos
candidatos não é apreender o conteúdo proposto no edital, e sim
decifrar os ‘códigos’ usuais dos examinadores. Exatamente por
isso foi feita a cartilha. “Para vencer as bancas é necessário
conhecê-las profundamente, traçando minucioso estudo de suas
características, pensamentos, peculiaridades, preferências.
Pensando nisso elaborei este guia com as principais características
das organizadoras mais atuantes. É para auxiliar os candidatos a
vencerem esta batalha”, comenta.
O especialista em concursos destaca que conhecer a banca é tão
importante quanto os estudos. “A preparação de um candidato para
concurso público exige não apenas conhecimento das matérias de
prova, determinação férrea para estudar até o último momento e
foco absoluto na meta final da aprovação. É preciso que ele
conheça também a banca que vai aplicar a prova e como ela costuma
abordar cada uma das disciplinas que farão parte do concurso, a fim
de responder o que foi perguntado pelo examinador e não desperdiçar
preciosos pontos com respostas divergentes do pensamento de quem
elaborou as questões”, declara.
O diretor do Gran Cursos aponta a primeira grande diferença entre
as bancas. “A metodologia é a primeira grande diferença que se
verifica na correção das provas entre o Cespe – a principal banca
de concursos públicos do país – e as demais bancas examinadoras.
O Cespe utiliza, basicamente, o sistema de Certo ou Errado, o que
significa que o candidato tem 50% de chance de acertar cada resposta.
A banca adota o sistema de correção em que cada resposta errada
anula uma certa – o que leva o candidato a pensar duas vezes antes
de ‘chutar’”. O teste também pode ser de múltipla escolha,
privilegiando o raciocínio interdisciplinar, o que exige um amplo
conhecimento das matérias do concurso”, finaliza.
Acompanhe abaixo a explicação do professor Wilson Granjeiro
sobre o comportamento das principais bancas. A divisão foi feita por
quatro áreas fundamentais de praticamente todas as seleções que
vêm por aí: Língua Portuguesa, Direito Administrativo, Direito
Constitucional e Informática. As bancas escolhidas foram: Centro de
Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB), Consulplan, Escola
de Administração Fazendária (Esaf), Fundação Carlos Chagas
(FCC), Fundação Cesgranrio, Fundação Universa (Funiversa),
Instituto Americado de Desenvolvimento (Iades) e Fundação Getúlio
Vargas (FGV).