A Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF)
está em fase final do estudo para realização de um novo concurso
para área de apoio da Polícia Federal.
A informação foi passada
pelo presidente da federação, Luís Boudens. Segundo ele, até o final de abril esse estudo deverá ser
concluído e entregue à Polícia Federal.
Em sua conta no twitter, o deputado federal, Eduardo Bolsonaro,
pediu
mais contratações de agentes administrativos para o
quadro de servidores da Polícia Federal. De acordo
com o parlamentar, que também é policial federal, é urgente a
necessidade de ampliação no efetivo da corporação, uma vez que os
policiais acabam não exercendo seu trabalho para cobrir outras
funções.
“Agentes administrativos, excedentes de concursos ou futuros concursos são bem vindos. Feliz em ver que as notícias dos 100 dias de governo Bolsonaro vão nesta direção. A PF é essencial no combate a corrupção!”, disse Eduardo.
A função de Agente Administrativo acumula um
alto número de cargos vagos, o que compromete o funcionamento de
modo regular na PF. O último concurso foi realizado em 2013 e tem
validade até este ano. O presidente da Federação Nacional dos
Policiais Federais (PENAPEF), Luis Antônio de Araújo Boudens,
informou recentemente que a Polícia Federal tem um déficit de 5.300
servidores no cargo de Agente Administrativo.
“Há um problema notório na PF: falta efetivo. Por sua vez o
atual governo herdou do PT a pior crise econômica do Brasil. Assim,
vários são os policiais que não exercem trabalho de polícia, pois
têm que cobrir outras funções. Solução: contratar
agentes administrativos“, disse Eduardo.
Sobre o cargo de Agente Administrativo
O cargo de Agente Administrativo realiza
atividades de nível médio, de grande complexidade, envolvendo a
apresentação de solução para situações novas, a necessidade de
constantes contatos com autoridades de média hierarquia, com
técnicos de nível superior e/ou contatos eventuais com autoridades
de alta hierarquia e abrangendo planejamento em grau auxiliar e
pesquisas preliminares realizadas sob supervisão indireta,
predominantemente técnica, visando à implementação das leis,
regulamentos e normas referentes à administração geral e
específica; supervisão dos trabalhos que envolvam a aplicação das
técnicas de pessoal, orçamento, organização, métodos e materiais
executados por equipes auxiliares, chefia de secretarias de unidades
da mais alta linha divisional da organização.
Moro anunciou criação de escritório de inteligência
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro,
anunciou que até o final deste ano será apresentando um novo
projeto de segurança nas fronteiras com objetivo de fortalecer o
combate ao tráfico de entorpecentes e armamentos. O ministro disse
que pretende apresentar o novo modelo a partir de um projeto já em
construção. Com isso, a PF recebe mais um motivo para chamamento de
aprovados no último concurso e também a abertura de um novo
certame.
De acordo com Moro, será criado um escritório de inteligência
integrado nos principais pontos de trânsito das fronteiras. O
projeto-piloto será implantando no Sul do país, na cidade de Foz do
Iguaçu-PR, que faz fronteira com Ciudad del Este, no Paraguai, e
Puerto Iguazú, na Argentina. A unidade contará com agentes da
Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Polícia Federal e
Forças Armadas, além de representantes das polícias locais.
O ministro se inspirou no Fusion Center, um escritório
norte-americano que integra várias forças na área de El Paso, no
Texas, que faz fronteira com o México. A tríplice fronteira no
Paraná é apontada como porta de entrada no Brasil, de contrabandos
em geral (armas e drogas). Em março, em uma reunião com o
governador do Paraná, Ratinho Junior, Moro estabeleceu prazo de 45
dias para definir o cronograma de ação em Foz do Iguaçu.
PF independente para abrir concursos
O presidente Jair Bolsonaro divulgou, através de publicação no
Diário Oficial da União do dia 29 de março, o decreto(9.739) que estabelece normas sobre concursos públicos.
Entre elas, consta que a Polícia Federal, a partir de agora, não
precisará mais solicitar a abertura de concursos ao Ministério da
Economia. De acordo com o documento, o diretor-geral da PF que será
o responsável por definir os atos de pessoal e de ingresso na
corporação.
“III – à carreira de Policial Federal, cujos atos serão
realizados pelo Diretor-Geral da Polícia Federal”, diz o trecho do
decreto. Além da PF, os cargos de Advogado da União, de Procurador
da Fazenda Nacional e de Procurador Federal, cujos atos serão
realizados pelo Advogado-Geral da União, e os cargos Diplomata,
cujos atos serão realizados pelo Ministro de Estado das Relações
Exteriores, não precisarão de solicitação no Ministério da
Economia.
Agora, o Diretor-Geral da Polícia Federal terá autonomia para
autorizar a realização de novos concursos e decidir sobre o
provimento de cargos. O decreto, que só entra em vigor no dia 1º de
junho, vale apenas para a área policial. O setor administrativo
ainda dependerá de autorização do Ministério da Economia.
De acordo com o texto, os concursos para Polícia Federal deverão
ocorrer quando o número de vagas exceder a 5% dos respectivos
cargos; ou com menor percentual de cargos vagos, de acordo com a
necessidade e a critério do Ministro de Estado da Justiça e
Segurança Pública.
Último Concurso Polícia Federal Nível Médio
O último concurso da Polícia Federal para Agente
Administrativo foi realizado em 2013. Na ocasião, as vagas
foram destinadas a diversos estados, entre eles os do sul do Brasil, ou seja, os estados do Paraná (48 vagas), Rio
Grande do Sul (50 vagas), e Santa Catarina (29 vagas).
As provas objetivas aplicadas foram de de caráter eliminatório e
classificatório, valendo 120,00 pontos, abrangendo as disciplinas
citadas. O certame foi coordenado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa
em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
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