Prós
Há candidatos
que só terão motivação suficiente para iniciar a preparação
para concursos se tiverem um objetivo imediato à frente e, neste
caso, é válido se atirar com todas as forças para ver o que é
possível conseguir.
Focar em determinado
concurso tem a vantagem de permitir que o candidato estude
antecipadamente todas as disciplinas que devem ser cobradas, com base
no último edital e em outras informações divulgadas pela
instituição (se houver) quanto a alterações no conteúdo
programático. Isso, em geral, permite maior ganho de conhecimento
específico.
Se o candidato decidir
mesmo começar o projeto por um concurso determinado, é muito
importante estar consciente de que o resultado pode não ser
favorável – e que isto não é o fim do mundo. Em caso de
reprovação, é indicado retomar os estudos logo após a prova,
desta vez com o foco mais aberto, ou seja, direcionado para uma área
de concursos e não mais para um só concurso.
Contras
Há
inconvenientes em apostar em um único processo. No caso de edital já
publicado, o tempo até a prova é bastante curto – não costuma
passar de dois meses. E quem está no início da preparação tem
chances reduzidas em relação à concorrência que começou a
estudar com antecedência. Aí é uma questão de avaliar o risco.
Aquele concurso pode
demorar muito a sair por algum motivo, enquanto outros editais saem
inesperadamente. E o candidato não estará em boas condições de
participar, porque não tem suficiente conhecimento das matérias
gerais, uma vez que se dedicou ao estudo de conteúdos específicos.
Além disso, o estudo
focado em um concurso deixa o candidato mais vulnerável a novidades
que surjam na publicação do edital. A retirada de matérias ou,
pior ainda, a inclusão de novas disciplinas pega desprevenido quem
tomou por base apenas editais anteriores do mesmo concurso. Quem se
prepara para uma área, de maneira geral, inclui no planejamento as
disciplinas mais recorrentes em diversos concursos e não será
surpreendido.
Outro aspecto delicado
é que o candidato pode ter algum problema na época da prova (ou no
dia mesmo) e, como jogou todas as suas chances naquela oportunidade,
o impacto será bem maior. Quando o candidato se prepara para uma
área ou grupo de concursos parecidos, uma reprovação é mais
facilmente assimilada, porque a maior parte do que foi estudado será
aproveitada em oportunidades futuras.
Estratégias para
estudar para uma área
Se o candidato escolheu estudar para uma
área de concursos (e não apenas uma prova), precisa iniciar pelas
matérias básicas, até ter um percentual razoável do conteúdo
geral assimilado e estar em condições de participar de bons
editais.
É preciso algum sangue
frio para deixar os primeiros editais passarem e seguir estudando.
Mas nem sempre os candidatos conseguem controlar a ansiedade. Com
isso, muitas vezes gastam meses correndo atrás de editais para os
quais não estão preparados. Se esse mesmo tempo fosse utilizado no
estudo das matérias comuns aos diversos concursos da área, seria
possível construir mais rapidamente um patamar de conhecimento
sólido e organizado.
Existem áreas com
muitos concursos similares em cada uma delas. Posso citar, como
exemplo, a área policial (Polícia Federal, Agência Brasileira de
Inteligência, Polícia Rodoviária Federal, polícias civis e
militares, além de cargos de segurança em diversas instituições),
a área fiscal (Receita Federal, fiscos estaduais – ICMS –,
fiscos municipais – ISS), de gestão e controle (Tribunal de Contas
da União – TCU, tribunais de contas dos estados e dos municípios,
além de outros cargos específicos), bancária (Banco do Brasil e
Caixa Econômica Federal), tribunais, concursos para a Petrobras e
suas subsidiárias, e muitas outras.
Quando os conteúdos
básicos já foram bem estudados e surge um edital, a estratégia de
estudos ficará diferente. A programação deve contemplar a
manutenção das disciplinas já estudadas (revisões, provas
anteriores e ajustes nos pontos fracos) e incluir o conteúdo que
deve ser cobrado especificamente naquele concurso.
Caso não seja
aprovado, o candidato deve continuar aprimorando o estudo das
matérias comuns aos diversos concursos da área e ficar atento ao
próximo edital de seu interesse para iniciar o estudo das
disciplinas específicas daquele novo concurso.
O que acontece depois
de algum tempo é que o candidato ficará muito bem preparado em
todas as disciplinas que são cobradas naquela área de concursos,
mesmo as que não caem em todos, e a cada novo edital precisará
estudar apenas a legislação do órgão ou da atividade. Nesse
momento, começará a colecionar aprovações.
Fonte: G1
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