20 de janeiro de 2015

Vale a pena estudar em grupo para concursos públicos?

 Estudar para um concurso público pode ser uma missão árdua. Para ganhar fôlego e motivação nessa tarefa, muitos concurseiros têm optado por se debruçar sobre os livros em grupo.

Estudar com amigos é uma ótima maneira de obter ajuda com alguma matéria que você não entenda. Se você é ruim em estatística, por exemplo, pode pedir ajuda ao companheiro de estudo, e vice versa.
Mas será mesmo vantajoso estudar na companhia de outras pessoas? Para João Mendes, coordenador do curso Ênfase, é preciso reconhecer diversos pontos positivos.
Primeiro, um amigo que te acompanha nesse processo, pode incentivá-lo a manter o foco e a continuar seu esforço. Você pode ganhar energia para o estudo. “É comum que as pessoas compartilhem suas experiências pessoais, o que acaba servindo como inspiração para as outras”, diz Mendes.
Além disso, se você tem dificuldade em guardar datas, um parceiro de estudos pode lhe ajudar a lembrar delas. Nos períodos de prova, um pode aplicar simulados no outro para treinar.
Outro benefício apontado pelo professor é a economia financeira, já que muitas vezes é possível compartilhar livros, apostilas e outros materiais.
“Estudar em grupo também é bom para a troca de informações entre pessoas com conhecimentos diferentes, como um especialista em português e outro em raciocínio lógico", acrescenta Fernando Bentes, diretor acadêmico do site Questões de Concursos.
“As pessoas podem se envolver em um ambiente de troca sadia e produtiva de informações, em que complementam suas fraquezas pelos conhecimentos alheios, ao mesmo tempo que podem ensinar algo também”, explica ele.
Pontos de atenção
Entretanto, é bom saber escolher as parcerias para estudar. Seus melhores amigos podem ser ótimas companhias, mas talvez não seja a melhor escolha para esta tarefa.
Fazer essa opção também tem seus riscos. Segundo Bentes, é perigoso se associar com pessoas que não estão no seu nível. “Se o outro estiver mais adiantado, você pode não acompanhar o raciocínio dele; se estiver menos, você vai ensinar muito mais do que aprender”, explica.
Outro cuidado está em evitar que o encontro se transforme em uma “mesa de bar”. Segundo Gabriel Quintanilha, coordenador do Curso CEJ, estar em grupo exige disciplina e método.
“As reuniões devem ser regulares, com tópicos pré-determinados da matéria a ser estudada, e todos devem participar ativamente, colaborando com seu conhecimento”, afirma.
Organize-se e faça uma seleção de pessoas que realmente seriam relevantes para este período e organize seu grupo.
Tamanho, horário e local
Para manter o foco, o grupo deve ser pequeno, segundo Karina Jaques, professora do curso online Agora Eu Passo. Segundo ela, o número ideal de integrantes é três.
Prestar atenção no tempo também é fundamental. “O cumprimento do horário de estudo é importante, pois ninguém pode ficar esperando um integrante chegar para começar a sessão”, diz a professora.
“O ideal é que o estudo aconteça em um lugar adequado, sem acesso a distrações, e que o bate-papo seja deixado para o horário de lazer apropriado”, completa o advogado Sérgio Camargo, especialista em concursos.
Bons Estudos!
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