Prestar concurso não é uma decisão de última hora e exige dedicação e preparação dos candidatos. O Sul Concursos traz a conversa que o portal iG teve com dois consultores especializados em concursos, Vincenzo
Papariello Júnior, sócio-fundador da VP Concursos, e André Lopes,
coordenador pedagógico da Gran Cursos e selecionou algumas dicas e
informações importantes para ajudar quem quer aumentar suas chances de
aprovação.
1) Tomada de decisão
Para
André Lopes, coordenador pedagógico, o primeiro passo é a tomada de
decisão. A pessoa precisa decidir, com convicção, que irá prestar o
concurso. A partir deste momento, será possível traçar um projeto de
trabalho.
2) Elaboração de um planejamento
É
preciso sentar e elaborar um planejamento de estudos. "É preciso
seriedade com a disciplinas que queremos estudar, com o tempo disponível
e os materiais", coloca André Lopes. Isso permitirá um planejamento
das atividades e também um monitoramento de trabalho.
3) Estabelecer uma rotina de estudos
É
importante criar uma rotina de estudos, e para isso, é necessário
cultivar o hábito de estudar. "O ideal é iniciar aos poucos, como, por
exemplo, uma hora por dia, e aumentar gradativamente essa carga", diz
Vincenzo Papariello.
4) Curso preparatório: vale o investimento?
Como
uma espécie de "cursinho", existem escolas que funcionam exclusivamente
como curso preparatório para concursos públicos. Existem outras opções,
como consultorias, coaching e livros. Papariello avalia que cabe ao
aluno avaliar qual a melhor opção para ele. "Fazer por fazer, ou fazer
porque os amigos estão fazendo não é a melhor solução", alerta.
5) Avaliar a necessidade de aulas
Mesmo
que o candidato não opte por um curso preparatório, ele poderá fazer
aulas para suprir carências, se for preciso. O conteúdo das disciplinas
que a pessoa for mais vulnerável poderá ser trabalhado em aulas, coloca
André Lopes.
6) Grupo de estudos: solução ou cilada?
"Pode
ser algo interessante, como também pode ser um tiro no pé", avalia
Papariello. Para funcionar, exige engajamento e foco por parte dos
integrantes, para que o trabalho se torne de fato produtivo.
7) Tempo de preparação
Muitos
candidatos não sabem exatamente com quanto tempo de antecedência devem
começar a se preparar para as provas. Segundo Papariello, o ideal é
começar a estudar antes do edital, e como nunca se sabe ao certo a data
de publicação do edital, deve-se começar o quanto antes. "A maioria das
pessoas quer começar a estudar depois que o edital é publicado. Quando
você começa o estudo após o edital, as chances estão contra você", diz.
8) Paciência
André
Lopes diz que é preciso muita paciência."Vejo muitos que se frustram se
não passam no concurso após três meses de estudo", conta o coordenador.
Para ele, um ano, um ano e meio, é um tempo bastante razoável de
estudo.
9) Dedicação máxima
Todo o
processo de estudo deve ser acompanhado de dedicação máxima, diz Lopes.
Não se pode desistir no meio do processo. É fundamental que os
candidatos mantenham uma mesma postura durante todo o processo, para que
o esforço não tenha sido em vão.
10) Diferenças entre concursos municipais, estaduais e federais
De
acordo com Papariello, a principal diferença diz respeito à mobilidade
que cada vaga oferece. "Concursos federais, em geral, possuem mais
mobilidade, ou seja, a pessoa pode assumir em uma localidade e depois
mudar para outra; nos Estados e nos municípios essa mobilidade é mais
restrita", aponta o coach. No entanto, também influencia a questão
financeira, já que em caso de crise econômica, os estados e municípios
tendem a ser mais afetados. Isso pode comprometer o pagamento de
salários, por exemplo. Um último ponto que Papariello coloca é quanto à
frequência das provas. Enquanto concursos federais são mais frequentes,
os estaduais e municipais costumam ocorrer com maior intervalo de
tempo.
11) Quem tem perfil para ser funcionário público?
Para
Papariello, é complicado falar que todo mundo tem perfil para o serviço
público. Algumas pessoas tem maior identificação com cargos que
envolvam empreendorismo, o que os afasta do serviço público. "O serviço
público é muito diversificado, e existem muitas áreas de interesse (como
social, financeira e fiscalizadora), o que permite que muitas pessoas
se identifiquem com cada área."
12) É possível conciliar trabalho com estudos?
É
sim possível, diz Papariello. "Uma dedicação integral aos estudos não
necessariamente representa uma vantagem. Se o candidato não tiver um bom
preparo psicológico, para aguentar a pressão do desemprego, por
exemplo, sair do emprego para focar nos estudos pode ser mais
prejudicial do que conciliar estudo e trabalho", alerta o coach. O
importante é ter disciplina com os estudos. Se a pessoa não tem
disciplina, ela deve procurar ajuda, como uma consultoria.
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