Aludindo aos pecados capitais, que, na esfera religiosa, podem
impedir a entrada no paraíso, neste artigo, relatamos os empecilhos
fatais para quem quer o governo como patrão e uma vida digna
proporcionada pela desejada estabilidade financeira. Não evitá-los
pode tornar a estrada da preparação um verdadeiro filme de terror,
com consecutivas reprovações e fracassos.
1. Não avaliar se possui os dons, atributos e requisitos para o
bom exercício do cargo.
A remuneração inicial, sem dúvida, pesa muito na hora da
decisão por um ou outro concurso. A concorrência candidato x vaga
também é algo que muitos levam em consideração. No entanto, esses
fatores não podem sobressair em relação à avaliação sobre a
aptidão e a vocação para a carreira desejada. Do contrário, o
candidato pode não cumprir devidamente as atribuições do cargo que
assumir. A afinidade com a carreira escolhida é decisiva para que o
servidor mantenha o emprego, tenha um futuro profissional brilhante e
seja feliz no trabalho, mesmo que tenha pretensões futuras de fazer
outros concursos. Às vezes, o candidato deseja muito trabalhar no
BACEN, mas detesta o estudo das matérias exatas como raciocínio
lógico, matemática comercial e financeira. Deseja trabalhar em um
Tribunal, mas detesta lidar com atendimento ao público. Complicado
isso. Essa pessoa não exercerá bem o seu mister e não será bem
avaliada pelos colegas, pelos usuários e pelo chefe imediato. Não
crescerá na carreira. Fará um desserviço à nação e a si mesmo.
- Não “traduzir” o edital.
A aprovação em um concurso começa com uma boa leitura do
edital. Um candidato competitivo lê, pelo menos, três vezes todo o
conteúdo da norma que rege o certame. Conhece a lei da carreira, a
forma de progressão e promoção, bem como os requisitos para o
pleno desempenho das atribuições do cargo. O edital traz os
critérios de desempate, critérios de correção da prova, pesos das
disciplinas, se é inteligente chutar ou não, a forma de ingresso
com recursos etc. Resumindo: o edital traz “as regras do jogo”.
Um vencedor entra em uma competição com pleno conhecimento de todas
as regras para usá-las a seu favor. Faça o mesmo quando estiver
disputando vagas nos concursos públicos!
- Desconhecer Sua Excelência a banca examinadora, inimigo a ser batido.
Conhecer bem o inimigo, o concorrente, é chave para vencer
batalhas e a guerra final: a aprovação com a desejada classificação
no concurso. É preciso saber se a banca cobra mais texto legal,
doutrina, jurisprudência ou tudo junto e misturado. Se os comandos
privilegiam mais a marcação do certo, do incorreto, da escorreita
(a mais correta), se prestigia a correlação ou outra forma de
cobrança. Para isso, é essencial buscar questões realizadas pela
banca em provas anteriores. Caso a banca tenha realizado poucos
concursos, recomendamos buscar questões de bancas com perfil
similar.
- Esquecer de ensaiar para o dia D, ou seja, não estudar no tempo da prova.
O edital informará o prazo da prova e o candidato precisa levar
isso em consideração desde o primeiro dia de preparação.
Recomendamos fortemente que ao menos algumas vezes o concurseiro
simule as condições do exame. Tal simulação de treino oferece o
preparo da mente para tolerar o esforço exaustivo do dia da prova,
sem estranhar ficar 3 ou 4 horas focado em ser uma máquina de
responder questões. Recentemente, um candidato, que estava se
preparando para o INSS, nos informou que simulava todo domingo a
prova em uma pequena escola no interior do Ceará. Sem surpresa, esse
candidato conseguiu mais de 100 pontos líquidos na prova, conforme
gabarito preliminar, pontuação muito competitiva para garantir uma
vaga. Tudo na vida é treino, é simulação, é preparação do
psicológico e do físico. Então, treino é a palavra de ordem. É
assim no esporte, na música, nas artes e não poderia ser diferente
na preparação para passar em concursos públicos.
- Não ter um planejamento profissional de estudos.
A preparação para concursos públicos é uma verdadeira rotina
de operário dos estudos. O candidato precisa planejar cuidadosamente
seu tempo e nunca quebrar o cronograma, salvo em casos de emergências
muito importantes. Percebemos a importância de um sólido
planejamento ao ver candidatos que trabalhavam 8 horas por dia,
tinham filhos e, mesmo assim, conseguiram classificações superiores
aos candidatos que poderiam focar o dia inteiro nos estudos. Quem não
conhece uma pessoa que parece viver em outro mundo que tem mais de 24
horas por dia? O segredo é planejamento.
- Não esgotar o conteúdo programático contido no edital.
Já ouvimos relatos de candidatos que disseram estudar apenas
alguns itens do edital, aqueles que mais gostavam, que mais se
identificavam ou que achavam mais provável cair na prova, ignorando
itens no programa contido no edital. Trata-se de outro pecado capital
que costuma ser determinante para o mau desempenho nas provas. O
candidato nunca deve achar que este ou aquele item é menos
importante e não cairá na prova. Ao contrário, o concurseiro deve
estudar todo o conteúdo exigido pela banca examinadora. Temos um
recente caso emblemático. A prova para Técnico do Seguro Social do
INSS, realizada no dia 15 de maio deste ano, cobrou 15 questões
voltadas para a temática de assistência social. A maioria dos
concurseiros esperava no máximo 4 questões dessa matéria e não
deu muita atenção para o assunto. No entanto, estava no edital,
poderia ser cobrado e, de fato, foi. É um absurdo a banca dar tanta
ênfase para tópicos que talvez não pareçam ter tanta relação
com o exercício do cargo? Sim, mas ela pode fazer isso. Se estiver
nas regras do jogo, no edital, você não pode reclamar. A única
exceção que vejo para não estudar todo o conteúdo é caso a
publicação do documento venha com muitas novidades em relação ao
certame anterior e haja um prazo curtíssimo para a prova, ao ponto
de ser humanamente impossível fechar o conteúdo. Nessa situação,
é necessário montar uma operação de guerra com base em
estatísticas e autoanálise dos conhecimentos que o candidato já
possui. Ressalto que, para quem estuda de médio a longo prazo, o
risco de ter que encarar tal situação se minimiza
consideravelmente, pois o candidato já estará bastante
familiarizado com a maioria das disciplinas quando o edital for
publicado.
- Fazer experiências nos dias que antecedem a prova.
Isso é loucura. Conheço um candidato que, às vésperas de uma
prova, saiu para jantar e experimentou algo que nunca comera na vida.
Uma dor de barriga, no dia seguinte, retirou a concentração e lhe
custou a vaga. Outro candidato, que teria um TAF no dia seguinte,
resolveu bater uma “pelada” inocente com os amigos e torceu o pé
na brincadeira. Perdeu a prova e a consequente vaga no concurso dos
sonhos. Há, ainda, aqueles que querem fazer milagres na última
semana de estudos e viram noites consecutivas estudando, aumentando
as chances de ficarem doentes por causa da natural redução da
imunidade de um corpo cansado. Se o seu corpo não está acostumado a
dormir 3 horas por dia, não tente fazer isso na semana da prova.
Faça o que você conhece. Poupe a sua saúde com extremo zelo. Um
corpo cansado e doente, no dia da prova, pode lhe custar preciosos
pontos e, consequentemente, o seu sonho.
Se você, amigo (a), não cometer esses pecados capitais e
continuar firme em seu projeto de médio a longo prazos de mudança
de vida, por certo, estará em breve aprovado em algum concurso
público.
Conte sempre conosco, bons estudos e sucesso!
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