27 de junho de 2016

Mitos e verdades sobre concursos públicos.


 
   Neste artigo, vamos desmitificar inverdades acerca de concursos públicos que habitualmente escutamos de amigos, conhecidos e familiares.

       Nosso objetivo é esclarecer, de forma transparente e honesta, esses mitos que podem levá-lo à desistência ou à reprovação do certame.

Quem trabalha não consegue passar em concursos.
Não é verdade. Em pesquisa que aplicamos, chegamos à conclusão de que essa é a realidade de 65% dos nossos alunos, pois eles trabalham, estudam e ainda se dedicam aos concursos. No caso das mulheres, elas ainda se dedicam a cuidar da forma, da aparência e da família. São pouquíssimas as pessoas que não têm outra preocupação senão a de estudar para concurso público.
Quem não tem recursos financeiros não passa em concursos.
Mito. Há vários relatos de pessoas, inclusive próximas, que estudaram com material emprestado, não pagaram por preparatórios, ou pagaram cursos por matéria. Ou seja, são pessoas que investiram poucos recursos financeiros, mas que estudaram dobrado em condições adversas, passando em grandes concursos. Não é o dinheiro que faz a diferença nessa situação, mas é o foco, a vontade, a necessidade de melhorar de vida, e, acima de tudo, um bom planejamento de estudo.
Quem tem mais de 50 anos não consegue passar em concurso.
Outro mito. Nos últimos dez anos, constatou-se que 40% dos que tomaram posse em cargo público tinham mais de 50 anos. São pessoas que, por certo, pela experiência que levam para a carreira pública, são potenciais candidatos a cargos de direção, chefia e assessoramento. A título de informação, em um estudo realizado pela Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, foi constatado que 40% dos empossados contavam com menos de 30 anos.
Há pessoas que passam em concursos sem estudar nada.
Mentira. Ouvimos com frequência estes tipos de comentário: “meu amigo disse que passou em um concurso público sem estudar, não leu o edital, não sabia qual era a banca do certame, não olhou nenhuma linha da apostila que comprou.” Atualmente, não se consegue passar nos concursos apenas chutando, estudando pouco ou nada. O que pode ocorrer é que os pontos estudados pelo candidato foram os mais cobrados na prova. Seja por sorte, seja resultado de um plano ousado e metódico, houve preparação, houve dedicação e houve a sorte de cair na prova o que o candidato mais se dedicou. Para reflexão, cabe ressaltar uma famosa frase de Coleman Cox: “eu acredito demais na sorte. E tenho constado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho.”
O governo vai acabar com os concursos por conta da crise econômica.
É mito e a história tem demonstrado isso. Crises vêm e vão, e o governo continua contratando. Pode adiar, atrasar nas autorizações e nas nomeações, mas nunca deixará de contratar. Sabe por quê? Porque a população brasileira cresce, e as demandas por serviço público de qualidade aumentam. Além disso, os servidores se aposentam, morrem, são demitidos, pedem exoneração ou vacância para tomar posse em cargo inacumulável, surgindo, consequentemente, vagas, fora aquelas que são criadas por lei para atender, por exemplo, o quadro de pessoal de um novo órgão, de uma nova entidade, de um novo fórum, de uma nova delegacia da Receita Federal etc. Para manter a ordem social e a saúde financeira do estado, por exemplo, é necessário contratar novos policiais, auditores fiscais, analistas tributários, entre outros. Ademais, a CF de 1988 é extremamente clara: o ingresso em cargo ou emprego público dar-se-á mediante aprovação prévia em concurso público.
Quem estuda para concursos não deve perder tempo com atividade física.
Não pode e não deve ser assim. Quem estuda, seja para concurso público ou para outro tipo de exame, precisa encaixar, no plano de estudo, um tempo (o ideal é de 30 a 60 minutos) para a prática de uma atividade física, especialmente aeróbica, como: caminhar, correr, nadar, andar de bicicleta etc. Já há muitos estudos consolidados que demonstram que esse tipo de atividade aumenta a capacidade cognitiva, o humor, a concentração e, consequentemente, a memorização dos conteúdos.
Para os candidatos que buscam ingressar na área de segurança pública, a prática de atividades físicas é essencial para a sua boa forma e aprovação no Teste de Aptidão Física. Não adianta nada passar na prova objetiva e ser reprovado no TAF. Então, ignore comentários que indicam que os/as concurseiros/as precisam abrir mão da atividade física em sua trajetória de estudos.
Quem começa a estudar apenas quando o edital é publicado passa em concurso, pois não perde tempo estudando o que não vai cair.
É um erro gravíssimo! É enganar a si mesmo achar que conseguirá passar em um concurso público com concorrência que pode chegar a 3.000 candidatos disputando uma única vaga estudando apenas entre o tempo da publicação do edital e o dia das provas. Não conseguirá, não vencerá o extenso conteúdo do edital, não terá tempo para revisão, para resolver exercícios, simulados e outras ações necessárias à aprovação no concurso dos sonhos. É claro que há exceções, mas são raros os casos. Em média, uma preparação adequada para um concurso de alto nível pode levar vários anos. Tudo vai depender da escolha do método de estudo, da afinidade com as disciplinas a serem estudadas e com a bagagem de conhecimento trazida dos anos de estudos no ensino médio, na graduação e das especializações, quando se tem. Agora pense comigo: vale a pena estudar alguns anos para ter uma remuneração digna o resto da vida? Acredito fortemente que sim, principalmente se levar em consideração o tempo que investimos em uma faculdade, sem garantias de que o diploma trará a remuneração desejada no futuro.
Concurso público é um jogo de cartas marcadas.
É mito. Já ouvi muito essa desculpa de pessoas que não têm a disciplina para aguentar a exaustiva preparação até a aprovação. Não se passa em concurso público apenas se inscrevendo, ou porque tem um sobrenome poderoso e famoso, ou porque possui amigos nos mais altos escalões dos Três Poderes da República. Claro, há relatos de fraudes em alguns concursos, mas observamos que os órgãos competentes estão investigando e punindo os criminosos e que as bancas se profissionalizam cada vez mais para garantir a segurança dos certames. Dentro do universo dos concursos, esses relatos são uma fração mínima do total de seleções realizadas. Passará em concurso público quem se preparar adequadamente, com os profissionais certos, com a plataforma ou estrutura adequada, quem cumprir religiosamente um plano de estudo, fizer sacrifícios, pois merecerá conquistar uma vaga.
Concurso público é muito concorrido.
Isso é verdade, mas não deve desencorajar a entrada na “fila” em busca do governo como patrão. A relação candidato X vaga não pode ser um desestímulo à dedicação e à busca pela sonhada vaga. Primeiro, você precisa de apenas uma vaga para tomar posse. Segundo, o universo de reais concorrentes competitivos é sempre bem inferior ao número divulgado no portal G1. O cálculo da disputa é feito da seguinte forma: a cada grupo de 100 inscritos, de 25 a 35% é abstenção (não comparecem no dia D, por n razões), dos que comparecem, entre 5 e 10%, apenas, são competitivos. Você não pode se intimidar pelo número de inscritos, mas deve saber que é necessário dedicação incansável, pois mudar de vida e passar em um concurso não é fácil.
A máquina pública brasileira está inchada: não há mais margem para contratações.
Falso. O grande problema do Brasil é o grande número de cargos comissionados. Esses devem existir para casos excepcionais, a fim de trazer novos talentos para o quadro público, e não servir como regra para fortalecer a base política. Quando se olham as vagas preenchidas por concursados, percebemos que praticamente todas as principais carreiras típicas de Estado, como Agente de Polícia Federal, Auditor da Receita Federal, Auditor Fiscal do Trabalho, entre outros, estão com quadros muito defasados de servidores públicos, bem inferiores ao que a lei do cargo permite. Com isso, deixa-se de arrecadar impostos, fiscalizar o contrabando, recuperar dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção. Deixa-se de arrecadar várias vezes o investimento na remuneração do servidor por causa da simples falta de mão de obra para executar as rotinas necessárias. É totalmente ilógico. Proporcionalmente, o número de servidores públicos no Brasil, um país continental, com 200 milhões de habitantes, é muito menor do que outros países desenvolvidos, como Alemanha e França. Em algum momento, os nossos representantes terão que reconhecer esse simples fato e aumentar as vagas em concursos e nomeações. Enquanto isso, quem continuar estudando será beneficiado com sua persistência e ousadia. Siga em frente, pois a máquina pública continua e continuará sempre contratando.
Lembre-se sempre de que existem apenas dois tipos de concurseiros: os que passam em concurso e os que desistem deles! Faça parte do primeiro grupo!
Fonte: Grancursos
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