A expectativa pela abertura do novo edital de
concurso
público do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(Edital Concurso IBGE 2019) é grande.
A nova
presidente do órgão, Susana Cordeiro Guerra, declarou na última
sexta-feira passada, durante seu discurso de posse, que pretende
contratar servidores para o órgão através de novo concurso
público.
Segundo ela, o Instituto perdeu 30% de seus quadros nos
últimos anos e corre o risco de perder mais 30% em decorrência de
pedidos de aposentadorias em virtude da Reforma da Previdência.
O pedido de abertura do certame, feito em 2017, entrou na lista
das solicitações arquivadas pelo Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão (MPDG). A explicação foi que “a
situação fiscal do país limita sua atuação em ações que causem
impactos financeiros, como é o caso de concursos públicos”.
Apesar do pedido ter sido negado, os concurseiros não podem
desanimar. Acontece que o IBGE já confirmou que vai encaminhar um
novo pedido de concurso ao Ministério do Planejamento.
De acordo com a lei, os órgãos poderão protocolar pedidos de
novos concursos até o dia 31 de maio. Até o momento, a expectativa
é que o pedido seja feito com 1.800 vagas, mesmo
quantitativo da última solicitação. O órgão já esclareceu que o
pedido protocolado em 2018 se tratava de um reforço no pedido de
2017.
A solicitação de abertura do concurso IBGE foi para 1.200 vagas
de técnico de nível médio e 600 para analista de nível superior.
A remuneração é de R$3.890,87 para o técnico e R$8.213,07 para
analista, salários em que já constam o auxílio-alimentação de
R$458. Além das vagas citadas, são esperadas 250
mil vagas para realização do Censo.
Carência de servidores
De acordo com o diretor do sindicato, são cerca de 5 mil servidores do IBGE em todo o país, sendo que 1.900, o que representa 38% de servidores estão em abono de permanência, podendo se aposentar a qualquer momento. “Com a saída desses profissionais, o IBGE ficaria com apenas 3 mil servidores em todo o país. A necessidade de concurso é para ontem”, disse.
O líder sindical também informou que o último concurso realizado não sanou a carência de servidores. “Mesmo com a entrada dos 600 aprovados e 300 excedentes, o número de aposentadorias foi tão grande que o déficit de pessoal permaneceu”, lamentou.
Urgência de abertura do concurso
O ex-presidente do Instituto, Roberto Olinto, já havia dito que o
concurso “é prioridade absoluta”. De acordo com ele, “Sem
concurso e sem carreira a história do IBGE pode se encerrar de forma
melancólica”, pontuou.
De acordo com o Sindicato Nacional do IBGE, a ASSIBGE, a cada mês
o número de aposentadorias e a ausência de concursos
públicos colocam o quadro de pessoal do IBGE em
uma situação ainda mais crítica. “O Instituto perdeu 7,71% de
seus servidores nos últimos 10 meses. Entre janeiro e outubro de
2018, o quadro de pessoal efetivo caiu de 5.420 para 5.002, uma
redução de 418 servidores. Na média, pouco mais
de 40 servidores deixaram o órgão por mês só este ano”,
informou em nota.
De acordo com a entidade, a maior parte dessas perdas se deveu aos
pedidos de aposentadoria. “No mesmo período, o IBGE concedeu 347
aposentadorias. Esta situação tende a se agravar. Hoje, 44,8% dos
servidores têm 51 anos ou mais de idade e 36,6% têm 31 ou mais anos
de serviço. Isso significa que 29% dos servidores ativos (1.448) já
completaram todas as condições para pedir aposentadoria”,
completou.
A possibilidade de complementação da gratificação de
desempenho para os aposentados, através da ação do DAPIBGE,
associada aos receios dos servidores com uma nova reforma da
previdência, tende a acelerar os pedidos de aposentadoria entre o
fim deste ano e o começo do ano novo. “Depois de um aumento entre
janeiro (5.564) e abril (5.909), o número de trabalhadores
temporários também caiu, fechando outubro com 5.041. Portanto,
atualmente o IBGE possui 50,2% de trabalhadores precarizados em
atividade”, finalizou em nota.
Edital concurso IBGE 2019
O novo edital de concurso do IBGE 2018 poderá
contar com vagas para os cargos de técnico, de nível médio,
analista e tecnologista, os mesmos cargos ofertados no último
certame.
O Técnico de Nível Médio deverá realizar as seguintes
atividades: a) coletar dados em diversas fontes, planejar, organizar,
criticar, corrigir, lançar, tratar e manter os dados garantindo a
sua integridade, confidencialidade, disponibilidade, atualização e
fidedignidade; b) realizar entrevistas em domicílios e
estabelecimentos informantes para obtenção de dados conforme
metodologia e plano de supervisão da pesquisa; c) realizar
levantamentos topográficos/geográficos/cartográficos com vistas a
manter atualizada a base territorial dos municípios; d) proceder à
compilação, montagem e organização dos elementos cartográficos,
segundo as especificações e normas adotadas; e) executar e apoiar
as tarefas ligadas à manutenção e atualização da rede física
dos marcos geodésicos do IBGE; entre outras funções.
As principais atribuições para o cargo de Analista de
Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas
e Estatísticas são voltadas para o exercício de atividades
administrativas e logísticas relativas ao exercício das
competências institucionais e legais a cargo do IBGE e para o cargo
de Tecnologista em Informações Geográficas e Estatísticas, as
atribuições são voltadas às atividades especializadas de
produção, análise e disseminação de dados e informações de
natureza estatística, geográfica, cartográfica, geodésica e
ambiental; conforme estabelecido no artigo 71, incisos II e IV, da
Lei nº 11.355, de 19 de outubro de 2006.
O que estudar para o cargo de Técnico?
LÍNGUA PORTUGUESA: Elementos de construção do texto e seu
sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo,
descritivo e argumentativo); interpretação e organização interna.
Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos;
emprego de tempos e modos dos verbos em português. Morfologia:
reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais; processos
de formação de palavras; mecanismos de flexão dos nomes e verbos.
Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração; processos de
coordenação e subordinação; concordância nominal e verbal;
transitividade e regência de nomes e verbos; padrões gerais de
colocação pronominal no português; mecanismos de coesão textual.
Ortografia. Acentuação gráfica. Emprego do sinal indicativo de
crase. Pontuação. Estilística: figuras de linguagem. Reescrita de
frases: substituição, deslocamento, paralelismo; variação
linguística: norma culta. Observação: os itens deste programa
serão considerados sob o ponto de vista textual, ou seja, deverão
ser estudados sob o ponto de vista de sua participação na
estruturação significativa dos textos.
GEOGRAFIA: Noções básicas de cartografia: Orientação: pontos
cardeais; Localização: coordenadas geográficas (latitude,
longitude e altitude); Representação: leitura, escala, legendas e
convenções. Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domínios
climáticos; Ecossistemas. As atividades econômicas e a organização
do espaço: Espaço agrário: modernização e conflitos; Espaço
urbano: atividades econômicas, emprego e pobreza; A rede urbana e as
Regiões Metropolitanas. Formação Territorial e Divisão
Político-Administrativa: Divisão Político Administrativa;
Organização federativa. Dinâmica da população brasileira (fluxos
migratórios, áreas de crescimento e de perda populacional).
MATEMÁTICA: Conjuntos: operações e problemas com conjuntos.
Conjuntos dos números naturais, inteiros, racionais, reais e suas
operações. Representação na reta. Unidades de medida: distância,
massa, tempo, área, volume e capacidade. Álgebra: produtos
notáveis, equações, sistemas e problemas do primeiro grau,
inequações, equação e problemas do segundo grau. Porcentagem e
proporcionalidade direta e inversa. Sequências, reconhecimento de
padrões, progressões aritmética e geométrica. Juros e noções de
matemática financeira. Problemas de raciocínio. Geometria plana:
distâncias e ângulos, polígonos, circunferência, perímetro e
área. Semelhança e relações métricas no triângulo retângulo.
Geometria espacial: poliedros, prismas e pirâmides, cilindro, cone e
esfera, áreas e volumes. Matemática discreta: princípios de
contagem, noção de probabilidade, noções de estatística,
gráficos e medidas.
CONHECIMENTOS SOBRE O IBGE: Conhecimentos específicos sobre o
IBGE: informações sobre a Instituição, conceitos básicos para o
desenvolvimento do trabalho na Agência e da atividade do Técnico de
Coleta.
O que estudar para o cargo de Analista?
CONHECIMENTOS BÁSICOS ANALISTA E TECNOLOGISTA (EXCETO
TECNOLOGISTA – ÁREA DE CONHECIMENTO DE ESTATÍSTICA)
LÍNGUA PORTUGUESA: Elementos de construção do texto e seu
sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo,
descritivo e argumentativo); interpretação e organização interna.
Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos;
emprego de tempos e modos dos verbos em português. Morfologia:
reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais; processos
de formação de palavras; mecanismos de flexão dos nomes e verbos.
Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração; processos de
coordenação e subordinação; concordância nominal e verbal;
transitividade e regência de nomes e verbos; padrões gerais de
colocação pronominal no português; mecanismos de coesão textual.
Ortografia. Acentuação gráfica. Emprego do sinal indicativo de
crase. Pontuação. Estilística: figuras de linguagem. Reescrita de
frases: substituição, deslocamento, paralelismo; variação
linguística: norma culta. Observação: os itens deste programa
serão considerados sob o ponto de vista textual, ou seja, deverão
ser estudados sob o ponto de vista de sua participação na
estruturação significativa dos textos.
LÍNGUA INGLESA Estratégias de leitura: compreensão geral;
reconhecimento de informações específicas; capacidade de análise
e síntese; inferência e predição; reconhecimento do vocabulário
mais frequente em quaisquer tipos de textos; cognatos e falsos
cognatos; função retórica; uso de metáfora. Estratégias
discursivas: compreensão de partes específicas de textos de
diferentes gêneros; função e estrutura discursiva; marcadores de
discurso; elementos de coesão e coerência. Aspectos lexicais:
reconhecimento do vocabulário mais frequente em quaisquer tipos de
textos; cognatos e falsos cognatos; expressões idiomáticas;
sinonímia e antonímia. Aspectos gramaticais: uso de artigos
definidos e indefinidos; tempos e modos verbais; uso de preposições,
conjunções e pronomes e modais; comparação; concordância nominal
e verbal; formação e classe de palavras; relações de subordinação
e coordenação; voz passiva, discurso direto e indireto.
RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO I: Noções básicas de lógica:
conectivos, tautologia e contradições, implicações e
equivalências, afirmações e negações, silogismos. II –
Estrutura lógica de relações entre pessoas, lugares, objetos e
eventos. III – Dedução de novas informações a partir de outras
apresentadas. IV – Lógica da argumentação. V – Diagramas
lógicos. VI – Análise, interpretação e utilização de dados
apresentados em tabelas e gráficos. VII – Métodos Quantitativos –
Estatística descritiva e análise exploratória de dados: média,
mediana, quartis, variância, desvio padrão, coeficiente de
variação, histograma. Números–índices e medidas de
concentração: conceitos fundamentais e aplicações básicas.
Probabilidade: definições básicas e conceitos, regras de
probabilidade, distribuições binomial e normal. Inferência
estatística: métodos de estimação pontual, propriedades dos
estimadores, estimação por intervalos, testes de hipóteses
simples.
Além disso, há conteúdo específico, inerente a cada
especialidade de Analista e Tecnologista. O edital poderá contar com
oportunidades para Análise de Sistemas/ Desenvolvimento de
Aplicações – Web Mobile, Análise de Sistemas/Desenvolvimento de
Sistemas, Análise de Sistemas/Suporte Operacional, Análise em
Biodiversidade, Auditoria, Biblioteconomia, Ciências Contábeis,
Design Instrucional, Economia, Educação Corporativa, Engenharia
Agronômica, Engenharia Cartográfica, Engenharia Civil, Engenharia
Florestal, Estatística, Geografia, Geoprocessamento,
Jornalismo/Redes Sociais, Orçamento e Finanças, Planejamento e
Gestão, Processos Administrativos Disciplinares,
ProgramaçãoVisual/Webdesign, Recursos Humanos – Administração
de Pessoal, Recursos Humanos – Desenvolvimento de Pessoas e
Recursos Materiais e Logística.
Último Concurso IBGE
O último concurso do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística aconteceu em 2015, quando contou com 600 vagas, sendo
460 são de técnico, de nível médio, 90 de analista e 50 de
tecnologista.
As vagas foram destinadas as seguintes localidades:
-Nível Médio: São Paulo (56), Acre (5),
Alagoas (8), Amazonas (7), Bahia (39), Ceará (24), Distrito Federal
(20), Espírito Santo (9), Goiás (18), Maranhão (12), Minas Gerais
(46), Mato Grosso do Sul (6), Mato Grosso (8), Pará (18), Paraíba
(8), Pernambuco (25), Piauí (10), Paraná (31), Rio de Janeiro (36),
Rio Grande do Norte (8), Rondônia (6), Rio Grande do Sul (30), Santa
Catarina (17), Sergipe (8) e Tocantins (5);
-Nível Superior (Analista): Rio de Janeiro (73),
Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Mato Grosso (1), Santa
Catarina (1), Amazonas (1), Amapá (2), Maranhão (1), Pará (1),
Pernambuco (1), Piauí (1), Rio Grande do Norte (1), Rio Grande do
Sul (1) e São Paulo (2), além do Distrito Federal (1).
-Nível Superior (Tecnologista): Rio de Janeiro
(45), Goiás (1), Bahia (1), Santa Catarina (2) e Pará (01).
A prova foi composta de 60 questões objetivas
para os candidatos a técnico e 70 para os interessados nos cargos de
analista e tecnologista, exceto Análise de Sistemas, que terá 60.
Haverá ainda provas discursiva (para Análise de Sistemas) e prática
(tecnologista de Programação Visual). Os candidatos de nível médio
realizaram provas de Português (20), Geografia (15), Raciocínio
Lógico (15), Conhecimentos Gerais (dez) e Conhecimentos Específicos
(10). Já os inscritos em funções de nível superior, foram
avaliados por matérias de Português, Inglês, Raciocínio Lógico e
Conhecimentos Específicos.
Para aprovação, o candidato precisou obter nota superior a 10,00
pontos na prova objetiva de Conhecimentos Básicos; nota superior a
21,00 pontos na prova objetiva de Conhecimentos Específico; e nota
superior a 36,00 pontos no conjunto das provas. As provas foram
aplicadas em todas as capitais do país.
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