O Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou novos dados que
refletem os problemas de pessoal que o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) enfrenta: se não for realizado um concurso, a autarquia
federal poderá ficar sem metade de seus servidores em até três anos. A
informação serve de embasamento para os discursos do ministro da
Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, e do presidente do INSS,
Lindolfo Neto de Oliveira Sales, que, em entrevistas,
garantiram a realização do concurso, devido à grande necessidade de
pessoal.
Os dados do TCU foram informados após um trabalho em parceria com
tribunais de contas de municípios e estados. O risco, segundo um dos
maiores órgãos de fiscalização do país, é um dos 15 problemas
apresentados no relatório sobre os principais gargalos do Brasil. O TCU
teceu ainda duras críticas ao Regime Geral da Previdência, afirmando que
há falta de recursos para pagar as aposentadorias no futuro. O tribunal
já havia alertado sobre a situação delicada que vive o INSS, em
auditoria recente, onde afirmou que o instituto corre risco de entrar em
colapso se não fizer um concurso.
A carência está diretamente ligada às aposentadorias previstas:
atualmente há 10.106 servidores da autarquia em condições de se
aposentar (correspondente a 26% dos 38.222 servidores ativos), recebendo
abono de permanência, sendo 6.330 técnicos, 14 analistas, 342 peritos e
3.420 de cargos em processo de extinção (1.024 agentes de serviços
diversos e 705 datilógrafos). No entanto, até 2017, esse quantitativo
deverá chegar a quase 20 mil, tendo em vista que o INSS possui
atualmente em torno de 40 mil servidores, segundo o presidente da
autarquia.
Além disso, a situação das agências por todo o país é delicada, com
mais de 50% dos seus servidores recebendo abono de permanência. Levando
em conta os números por estados, o Rio tem 39% dos servidores podendo
aposentar-se nos próximos anos. Diante desse panorama, o INSS solicitou
ao Ministério do Planejamento 4.730 vagas, sendo 2 mil para técnico do
seguro social, de nível médio, com remuneração de R$4.400,87, 1.580 de
analista do seguro social, de nível superior, com rendimento de
R$7.147,12, e 1.150 de perito médico, também de 3º grau, para
remuneração de R$10.056,80.
O pedido encontra-se no mesmo setor da pasta desde abril e a
expectativa é que em 2015 o processo seja acelerado diante da carência
apresentada.
"O
Planejamento tem feito o máximo de esforço possível para tentar repor os
quadros. Tanto é que somos o órgão que mais contratou e fez concursos
nos últimos dez anos”, disse o presidente do INSS.
Quem sonha com uma vaga no INSS já deve estar estudando e guiando-se
pelo concurso de 2011, organizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), no
caso do técnico e analista, e de 2013, comandado pela FunRio, no caso do
perito. Para o técnico, foram cobradas 60 questões, sendo 20 sobre
Conhecimentos Gerais (Ética no Serviço Público, Regime Jurídico Único,
Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Administrativo,
Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico e Noções de Informática) e 40 sobre
Conhecimentos Específicos.
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