Em primeiro lugar, é importante saber que essa é uma etapa praticamente
obrigatória no caminho de quem busca uma vaga na administração pública. O
projeto é grandioso e, por isso, o sucesso não vem de imediato. Quem
tem consciência disso tem mais condições de superar as dificuldades do
que aqueles que começam a estudar como se fossem “corredores de 100
metros rasos”, que não terão a resistência necessária para concluir a
maratona.
Podemos considerar que a decisão de fazer concurso é a 1ª etapa,
seguida da 2ª, que é marcada pelo entusiasmo do iniciante. A etapa das
reprovações traz as primeiras pedras do caminho. Por outro lado, é a
mais rica, em termos de possibilidades reais de amadurecimento do
candidato em relação aos conteúdos e à prática de fazer provas. Mas, é
preciso objetividade de treinador para reconhecer o que precisa ser
melhorado. E coragem de herói para não se deixar abater, porque é agora
que o jogo realmente começa e são separados os que ficarão pelo caminho
daqueles que vão vencer.
Para ajudar na sua avaliação, sugerimos algumas perguntas:
1 - Você está prestando concursos que cobram conteúdos muito diferentes?
Essa pode ser uma das razões das reprovações. É importante escolher uma
área de concursos e manter o foco, porque haverá um leque de matérias
em comum e, assim, o conhecimento adquirido para um concurso será
aproveitado para o seguinte.
2 – Você sempre acerta um percentual de 50 a 70% nas provas?.
Tem muita gente que faz um concurso e, mesmo sem grandes preparações,
acerta uma boa quantidade de questões - mas não o suficiente para ser
aprovada. E fica aguardando o próximo – sem estudar -, acreditando que
terá mais sorte. O problema é que o percentual de acertos que falta para
a aprovação não virá com sorte, e depende de dedicação e estudo sério,
como comentaremos na pergunta seguinte.
3 - Você já viu toda a teoria das matérias básicas?
Após cada reprovação é preciso seguir estudando as matérias básicas da
área escolhida, mesmo sem novo edital publicado. É isso que vai garantir
vantagem em relação aos outros candidatos na próxima oportunidade. Uma
semana de pausa após uma prova é o suficiente para recarregar as
baterias e retomar a programação de estudo.
4 – Você não fez a pontuação mínima na matéria que achava que sabia mais?
Há casos em que o candidato fica tão seguro em uma disciplina que deixa
de estudá-la e, na hora da prova, percebe que esqueceu informações que
já soube bem. Por esse motivo, todas as matérias que serão cobradas
devem ser estudadas a cada semana ou quinzena. Concluído o estudo da
teoria (acompanhado de exercícios), o candidato deve preparar
fichas-resumo e fazer revisões periódicas paralelamente à resolução de
provas da disciplina.
5 – Suas reprovações são sempre por causa das mesmas disciplinas?
A prática de atividade física durante o período de preparação ajuda a
manter o estresse sob controle e a construir uma postura de equilíbrio
emocional e de mais resistência a momentos de pressão.
Outra possibilidade interessante é, quando acontecer um feriado ou
tempo extra, o candidato fazer um estudo intensivo, dedicado somente
àquela matéria, para alavancar o conhecimento.
Se a dificuldade persistir ou for grave, procure voltar ao início do
estudo, como se fosse a primeira vez. Uma providência que costuma
funcionar muito bem é refazer o módulo da matéria com outro professor ou
mesmo a partir de livro de outro autor. O que parecia incompreensível
da primeira vez já será mais simples e as arestas vão sendo aparadas.
6 – Você leva um susto quando se depara com a prova ou erra bobagens porque cai nas pegadinhas das questões?
O costume de resolver provas de concursos anteriores é essencial para o
amadurecimento do candidato diante da prova. O estudo e a compreensão
da teoria são condições necessárias, mas não suficientes para ser
bem-sucedido na hora da prova, porque o candidato precisa estar
preparado para o nível de profundidade e complexidade que será cobrado
no concurso.
Dependendo do cargo almejado e da banca examinadora, doutrina,
jurisprudência e análise de casos – nas disciplinas envolvendo direito –
ou questões bastante complexas e longas podem ser cobradas. Outras
bancas gostam de incluir palavras que alteram completamente o sentido da
frase e, muitas vezes, passam despercebidas pelo candidato.
Por esse motivo, a resolução de provas anteriores de diversas bancas
organizadoras - enquanto não há um concurso em vista – e da banca que
vai elaborar as questões do concurso escolhido – quando for publicado o
edital – é providência essencial e pode ser a diferença entre mais uma
reprovação ou a aprovação e conquista da vaga.
7 – Na hora da prova, você entra em pânico?
Algum nervosismo no dia da prova é quase inevitável, afinal, há muita
coisa em jogo. Mas o candidato que não consegue manter a serenidade
necessária pode ter dificuldades para ler e compreender os enunciados
das questões. Além disso, o resgate das informações no cérebro também
fica comprometido.
É preciso objetividade de treinador para reconhecer o que precisa ser
melhorado. E coragem de herói para não se deixar abater, porque é agora
que o jogo realmente começa e são separados os que ficarão pelo caminho
daqueles que vão vencer.
O hábito de resolver provas anteriores também ajuda a familiarizar o
candidato com o que vai enfrentar no dia do seu concurso, reduzindo o
impacto da situação nova.
Na hora da prova, respirações profundas e suaves podem ser úteis para
recuperar o equilíbrio. E lembrar que, por melhor que seja aquele
concurso, sempre haverá outro, também coloca a situação em uma
perspectiva menos dramática.
8 – Falta tempo na hora da prova?
Há provas tão extensas e complexas que praticamente nenhum candidato
consegue fazer todas as questões por falta de tempo. Mesmo assim, há
estratégias que podem ser adotadas para tirar o melhor proveito da
prova.
Matemática e outras disciplinas afins exigem prática para que o
desempenho possa ser melhorado. Assim, fazer muitos exercícios simples
enquanto está estudando pode fazer a diferença para ganhar agilidade,
que será útil na hora da prova.
Enunciados muito extensos também requerem alguma prática, para que não
se perca tanto tempo. E aí, mais uma vez, a familiaridade com questões
da banca por meio da resolução de provas anteriores acostuma o candidato
a lidar com a situação.
Na hora da prova, é interessante começar pela disciplina em que se tem
mais segurança para não ficar desestabilizado no início da prova - que é
o momento de pico de adrenalina – e comprometer todas as disciplinas.
É sempre interessante olhar as matérias como se fossem um time. Se há
jogadores muito fracos, eles precisam treinar mais. Na prática, se
existem disciplinas em que o candidato ainda não foi até o fim da
teoria, ou chegou ao fim mas não tem segurança na hora de responder às
questões, isso pode ser resolvido aumentando o tempo de estudo dessas em
relação às demais.
Uma boa estratégia é priorizar as questões que podem ser resolvidas
rapidamente, em todas as disciplinas, deixando aquelas que não têm
solução rápida para um segundo momento. Assim, caso o tempo não seja
suficiente, ao menos tudo o que o candidato sabia será respondido e os
pontos, garantidos.
Manter o sangue frio - mesmo ao se deparar com assuntos nunca vistos –
também é uma atitude útil. Se você estiver bem preparado e desconhecer o
assunto, provavelmente a maioria dos candidatos estará na mesma
situação e não será isso o que fará a diferença para a aprovação.
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